Aviadora e feminista.
Uma das pioneiras da aviação no Brasil. Nasceu em 5 de junho de 1904, em Itapetininga (SP). De influente família paulista, começou seu treinamento pilotando aeronaves no ano de 1921. No ano seguinte, em 9 de abril, recebeu o segundo brevê de piloto concedido a uma mulher no Brasil, de número 77, pela Federação Aeronáutica Internacional; o primeiro foi conquistado um dia antes por Teresa de Marzo*. Foi a primeira aviadora brasileira a transportar passageiros e a realizar vôos acrobáticos, além de ter atuado como repórter aeronáutica. Conseguiu todas as licenças que pediu - de piloto privado, comercial e instrutor.
Foi a primeira mulher a realizar um voo transcontinental, percorrendo mais de 17 mil quilômetros sobre o continente americano. Quando das comemorações do Centenário da Independência, a 7 de setembro de 1922, Anésia realizou um voo entre São Paulo e Rio de Janeiro e fez desse fato uma forma de divulgar o movimento feminista no Brasil, uma vez que era a primeira mulher a realizar tal façanha. Participou do principal evento promovido pelas mulheres naquele ano, o I Congresso Feminista Internacional, organizado pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino* (FBPF), realizado no Rio de Janeiro. Esteve nessa conferência na qualidade de delegada da Liga Paulista pelo Progresso Feminino.
Anésia recebeu ao longo de sua carreira numerosas homenagens, como o diploma Paul Tissandier, o título de Decana Mundial da Aviação Feminina, da Federação Aeronáutica Internacional, e a medalha Edward Wamer, a mais alta distinção da Organização da Aviação Civil Internacional.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 10 de junho de 1999, e foi velada no hospital da Força Aérea Brasileira, no Galeão, bairro da Ilha do Governador. Seu corpo foi cremado e suas cinzas depositadas no Museu de Santos Dumont, na fazenda Cabangú, situada no município de Santos Dumont (MG).
Fonte: Dicionário Mulheres do Brasil
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