O movimento revolucionário que explodiu na Bahia a 10 de fevereiro de 1821. pode ser considerado como um dos sinais precursores do movimento independente que vai se processar no Brasil. Exatamente um ano depois, em fevereiro de 1822, as hostilidades se acentuam, e o General Madeira de Melo, que recebera reforços de Portugal e de Jorge Avilez (que capitulara no Rio de Janeiro), mantém militarmente o governo português na Bahia.
Segundo uns autores, refugiaram-se no Convento da Lapa alguns "independentes", e, no encalço desses inimigos, soldados portugueses invadem o convento e matam a Abadessa do mesmo, Soror Joana Angélica, que se opusera à perseguição. Segundo outros autores, foi o assalto ao Convento da Lapa represália e mero ato de destruição da tropa portuguesa, nos dias tumultuosos de 19, 20 e 21 de fevereiro. De uma ou outra forma é inconteste que, protegendo, acumpliciada, a brasileiros insubmissos ou não, foi Soror Joana Angélica, conforme a expressão de Bernardino de Sousa "a primeira heroína da Independência do Brasil".
Morreu a 20 de fevereiro de 1822, aos 62 anos de idade, no Convento de N. S. da Conceição da Lapa, a Revda. Madre Abadessa Joana Angélica de Jesus, e, do termo de falecimento consta" ... faleceu sem os sacramentos por morrer de uma Baionetada no acontecimento e entrada que fizeram neste Convento a Tropa Lusitana".
Ainda nessa luta, pela emancipação política, são lembradas: Epifânia Muribeca, que organizara um batalhão de patriotas, Bárbara de Aramaré, Luísa do Pantaleão...
Fonte: Anais do Museu Histórico Nacional
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