Apaixonada por aviação, foi repreendida pela família quando relatou o desejo de pilotar. Determinada, percorreu a pé a cidade de São Paulo até o Aeródromo Brasil,onde os pilotos italianos - João e Enrico Robba - ministravam aulas de voo. Sem o apoio familiar, conseguiu matricular-se no curso rifando uma vitrola. Iniciou as aulas em março de 1921, contando com as instruções dos irmãos Robba e do piloto alemão Fritz Roesler. Durante um ano, à frente de um avião Caudron G-3, realizou o seu sonho.
Pilotou sozinha pela primeira vez em março de 1922 e, algumas semanas depois, no dia 8 de abril, habilitou-se perante banca do Aeroclube Brasil, recebendo o brevê nº 76 da Fédération Aéronautique Internationale. No mesmo ano, efetuou o primeiro reide para a cidade de Santos (SP) e criou as chamadas Tardes de aviação, nas quais realizava voos panorâmicos com passageiros.
“Em 1922 foi criada a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, iniciativa da feminista Bertha Lutz.”
Em 1926 se casou com o instrutor Fritz Roesler. Embora inicialmente compartilhassem a paixão pela aviação, Roesler proibiu que Thereza voasse após o casamento. A aviadora nutria esperanças de voltar a voar, mas encerrou a carreira de piloto precocemente. Apesar disso, totalizou mais de 300 horas de voo, numa trajetória coroada de êxito e pioneirismo.
“O código civil de 1916 previa que a mulher casada necessitava de autorização do marido para exercer atividades diversas. Somente em 1962 com a lei 4,121 ocorreu a emancipação feminina"
Fonte: Mulheres na Aviação - Embraer
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